Começo falando, como deve ser óbvio, que o PSDB não é a representação da virtude, apesar do PT ser o representante do ódio. Por que digo então que a virtude perdeu? Porque o terror transformou a virtude em objeto secundário em face da necessidade de vencer o pleito pelo cargo.
Poucas vezes acompanhei uma eleição como esta e seria até leviano, que não tem nada a ver com prostituição como insinuou o velho barbudo, dizer que foi a mais podre da república brasileira. Por outro lado, posso dizer que ela foi podre em si. O PT incitou o ódio de seus militantes enumerando seus antagonistas na mídia, na política e no setor artístico dando alvo e munição para sua militância virtual. O resultado foi uma onda de boatos e difamações divulgados por todo tipo de mídia, enquanto do outro lado nada poderia ser dito sem um processo e uma onda de raiva e selvageria por parte dos vermelhos. O pior é quando você observa isso até em seu círculo familiar, pois recebi, via facebook , foto montagem e textos mentirosos contra o candidato de oposição. O termo idiota útil de Gramsci nunca me pareceu tão claro.
Como consequência desse ambiente, a base de militância do PT mostrou seu potencial e o quanto está engajado com um projeto de poder autoritário, o que me dá medo, pois a democracia não se resume ao voto e esse partido quer passar a ilusão de vivermos em um ambiente democrático, enquanto solapa nossas instituições democráticas e prega o ódio a oposição e mídia. A palavra ganha mais peso do que o seu significado. Poucos saíram ilesos, pois quando o animal feroz dos órfãos do socialismo foi colocado contra a parede ele mostrou sua verdadeira identidade. Ataques, de fato na sede da editora, contra a Veja, lista de desafetos no site do PT, Reinaldo Azevedo, Marcelo Madureira, Lobão, etc, pregação de ódio maniqueísta, Lula com o nós contra eles e o bem contra o mal apesar de terem seus quadros dormindo na papuda, e uma manipulação da população mais carente do país com terrorismo eleitoral, apesar de cada um ser responsável pelas suas decisões e se tudo der errado todos vamos pagar pelas decisões tomadas.
Por fim, deixo minha tristeza, pois a virtude foi a maior derrotada nessas eleições e o PT nos mostrou que não importa os meios utilizados enquanto os supostos fins sejam justificados. E o pior de tudo é que o povo da Lei de Gerson aprovou a mensagem.
Acho que o Brasil vai acabar? Não.
Acho que vamos ter problemas sérios no médio prazo? Com certeza.
O que acho pior? A moralidade não é mais levada a sério e depois do mensalão, o PT a transformou em um mero capricho. Nesse ponto, estamos indo para o buraco.
O
que dizer sobre as cotas. Eu acredito que há muita ideologia por trás
desse processo e vejo poucas informações no discurso todo. Como entender
as cotas? Pelo resultado das notas dos grupos criados? Acho que não,
pois os estudos ainda são controversos tanto para um lado quanto para o
outro.
Quem sabe olhar pela inclusão de negros na Universidade, ou quem sabe
pela ideologia de reparação social. Eu acredito que essas visões estão
erradas. O pior de tudo é criarmos na sociedade uma separação em raças e
classes e isso é muito perigoso. Por que acho que as cotas são um
grande erro? Porque isso rotula pessoas e deixa de lado os verdadeiros
problemas do nosso país.
Vamos por mitos:
1) Reparação histórica: Essa é uma grande bobagem. Prestem atenção,
isso pressupõe que todos os brancos do Brasil são descendentes de
escravistas e todos os negros ou pardos são descendentes de escravos.
Isso é verdade? Claro que não. Nosso país é extremamente miscigenado e
arrisco dizer ser uma parte da população negra e parda ser descendente
de brancos escravistas, assim é injusto dividir a sociedade dessa forma.
Até os Japoneses seriam escravistas por essa visão. Por outro lado,
existiram negros que possuíam escravos, e aí? Como fica? Portanto é uma
falácia a da reparação histórica entre raças. Para finalizar esse
argumento, uma verdadeira reparação deveria incluir todos os negros, mas
por que só os negros que optam pela universidade, enquanto os negros
com outras formas de pensar e viver sem Universidade seriam excluídos?
Por isso digo, é uma grande bobagem.
2) Vai diminuir a desigualdade racial: Essa é outra grande
besteira, pois mesmo sem as cotas a nossa sociedade já diminui as
desigualdades raciais naturalmente. Com uma melhora dos serviços,
qualidade e não quantidade, e mais oportunidade de mercado isso poderia
ser mais acelerado. Os processos sociais levam tempo e na história a
espécie humana cometeu uma variedade de besteiras, por isso leva tempo
para se restabelecer algumas situações estruturais como a questão
racial.
3) São
coitados e precisam de uma ajuda: Isso é outra lenda, pois não existem
coitados no meio desse povo brasileiro, independente da cor da pele. As
pessoas que conseguem com seus méritos, mesmo atrapalhados pelo governo
devem ser respeitados e não tratados como coitados sem capacidade. E por
mais bobo que parece ter pessoas falando isso, esses guerreiros são
maioria, ao contrário de uma horda de bandidos socialmente criados.
Portanto, devemos dar condições para todos poderem lutar com suas forças
e não dar esmolas e nos tornarmos os benfeitores vaidosos de um povo
fraco.
Enfim,
existem outros pontos para debater, mas por enquanto esses são
suficientes. Outro ponto, como disse no título, é um processo muito
comum na sociedade brasileira o imediatismo. Temos a ilusão que podemos
resolver tudo do dia para a noite. Fomos omissos no passado e as atuais
gerações estão pagando pela nossa falta de longo prazo no passado. O
discurso de que hoje existe uma geração perdida e precisamos fazer
alguma coisa é bonito na literatura, porém o presente é o resultado de
um longo prazo passado e cada vez em que o futuro é esquecido perdemos
uma geração futura. Essa vontade impulsiva deve ser freada senão seremos
eternamente o país do futuro. Chega, devemos pensar em como, mesmo
sacrificando uma geração, podemos salvar todas as outras. Políticas como
as cotas nos retardam a ver os problemas educacionais, culturais,
estruturais e esquizofrênicos da sociedade brasileira.
Amigos, peço que pensem direito na relação entre longo prazo e
curto prazo, pois enquanto a visão de curto ganhar, podemos até colocar
remédio no machucado ao cair da bicicleta, mas no caso do Brasil, a
bicicleta vai continuar sem freios, pneus furados e um terreno
irregular.
Hoje vamos falar um pouco de política. Todos já ouviram falar dos termos Direita e Esquerda. Existe muito preconceito atualmente e muitos tentam se desvincular dos termos como se fossem estigmas da pessoa bandida ou corrupta. Mas nesse ponto, a "voz das ruas" se engana, pois ideologia política é muito diferente da prática de alguns políticos. Vamos então entender de onde surgiram essas denominações.
A origem dos termos nos remete a revolução francesa. Após o movimento, a assembléia nacional era constituída de dois grupos, os Jacobinos e os Girondinos. Os primeiros que se sentavam a esquerda eram mais voltados à revolução e a reforma do estado de bem estar, enquanto os outros, sentados à direita, eram a parte mais conservadora e mais voltados para o mercado. Assim, foi criada a denominação de divisão ideológica que avançou ao longo da história e se modificou até os dias atuais. Segue minha visão de ambos os lados.
Esquerda é a ideologia mais voltada para estabelecer um bem estar social global. Acreditam que um estado forte deva controlar a sociedade e garantir que todos os cidadãos possam ter acesso universal aos produtos e serviços igualmente. No Brasil possuem vertentes mais radicais, voltadas para o socialismo ideológico, como o PSOL, PSTU, etc. Os menos radiciais, porém continuam com um viés socialista como o PT. E por fim, a esquerda mais branda representada pelo PSDB. Sim eles são de esquerda. Como não conheço todos os partidos coloquei exemplos mais conhecidos. A esquerda tem como base de suas ideologias filósofos como: Marx, Leon Trotsky, Jean-Jacques Rousseau, Antonio Gramsci, etc. Possuem um direcionamento para serviços públicos gratuitos e um estado que protege seus cidadãos e consequentemente altos impostos. Nesse contexto as liberdades individuais se tornam secundárias em prol do bem geral. Por fim, possuem um regime econômico mais restrito com bastante regulação do mercado e não acreditam no mercado como solução dos problemas econômicos, além disso costumam dividir a sociedade em classes de acordo com o seu papel na sociedade. Possuem em seus textos uma crença no ser humano bom e em uma sociedade sem desigualdades. na qual esse homem poderia mostrar suas potencialidades para a igualdade.
Países exemplo: França, Venezuela, Cuba, China, Brasil.
A direita por outro lado, acredita em coisas bem opostas. Não possui um compromisso rígido com o bem estar social, pois acredita que cada pessoa deve buscar seu caminho, tendo em vista a subjetividade da ação humana. Preza pela criação de formas nas quais a sociedade, na maior parte, deve contribuir para o desenvolvimento do país e isso significa que o estado deve ser mínimo, além de acreditar na falta de eficiência do estado e também no potencial de corromper uma sociedade devido ao aumento da burocracia e de agentes dependentes de uma máquina estatal sustentada pelo trabalho dos entes privados, como consequência os impostos são menores. Os representantes no Brasil são poucos, mas acredito que posso citar alguns exemplos como: Partido Novo (Em formação) e o Democratas. A direita tem como base de suas ideologias filósofos como: Ludwig von Mises, Adam Smith, Alexis de Tocqueville, Ayn Rand, etc. Possuem um direcionamento para serviços privados e um estado mínimo que deve proteger direitos essenciais e a liberdade individual do cidadão, devendo este ser o fim em sim e não uma parte da sociedade. Por fim, possuem um regime econômico com muita liberdade, não acreditam que governos e pequenos grupos de burocratas possam saber mais das interações livres do que os próprios agentes do mercado. Preservam a não regulação excessiva da economia, podendo variar de acordo com o posicionamento entre alguma regulação e economia livre. Costumam entender o individuo como responsável pelo sucesso, acreditando que o lucro é o prêmio pelo empreendedorismo. Por fim, tem um traço mais realista do ser humano e costuma vê-lo com base na história, não idealizando nem gerando pensamentos utópicos da sociedade.
Países exemplo: Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Japão, Chile.
Bom, com esse post, espero ter esclarecido um pouco essa questão.Vamos avançar nos debates políticos e entender como as coisas funcionam. Esquerda ou Direita, o importante é saber direito como as coisas funcionam e lembrem-se estudem os autores e a base da ideologia. Não sejam massa de manobra e aprendam a gostar de política, afinal é o nosso dever como cidadão em uma democracia.
Desculpem pela ausência, mas tive emergências essa semana. Sem mais demora vamos ao tema principal de hoje, que deveria ter sido na segunda, um texto do Rodrigo Constantino.
Esse é um tema que se tornou interessante, pois já assumi essa posição concordo com palavras como: Imperialistas, Exploradores, etc, sobre os Estados Unidos da América. No entanto, hoje em dia, tenho consciência de como as histórias do Brasil e do mundo sofreram um processo de esquerdização e tudo referente a lutas de classes e movimentos sociais se tornaram belos e corretos, enquanto tudo que era contra isso se tornou o grande Satã. Assim, os EUA entram como cabeça desse movimento contrário e sofrem preconceito global de uma grande mentalidade vitimizadora que cresce no planeta. Digo isso, porque muitas pessoas são contra os norte-americanos apenas quando não estão em seu solo profano comprando bugigangas ou tirando fotos calorosas com Mickey e sua turma.
Nesse ponto faço uma crítica a academia como um todo, que é muito fraca ao assumir posições acadêmicas e muito forte ao declarar sua militância tendenciosa para movimentos específicos da esquerda "revolucionária". Ontem vi um exemplo muito forte disso, quando estava andando pela UnB e me deparei com um cartaz com fotos de vândalos quebrando agências bancárias, criando incêndios e quebrando patrimônio público com os dizeres "Juventude Revolucionária em Ação", no Centro Acadêmico do pseudo-curso de Sociologia. Então, é isso que está impregnado na nossa universidade federal e por isso muita coisa que é passado para o currículo escolar está prejudicado.
Assim, os Estados Unidos e tudo que representam foram deixados para o grupo dos males do mundo, mas será que isso é verdade? Será que eles são responsáveis pelos Africanos se matarem indiscriminadamente desde sempre? Do socialismo ter dado errado, porque não dava certo mesmo? Pelos massacres Nazista e Socialistas? Pela pobreza na America Latina? Pelas ditaduras de direita que foram instaladas pelo mundo? Meus caros a resposta é não. Que eles se metem em muita coisa e fazem espionagem todo mundo sabe, assim como todos os países do mundo. Mas esses problemas são derivados simplesmente porque o ser humano é um ser violento e desigual desde sempre. A Europa fez guerras muito antes dos EUA surgirem. O Brasil e companhia detonaram o Paraguai sem ajuda americana. E os índios já se matavam com ferocidade antes mesmo dos Portugueses chegarem ao Brasil. Nesse ponto infelizmente voltamos no problema do Maniqueísmo, teve-se de eleger o mal e ele foi pintado com a cara do Tio Sam.
Enfim, parem com esse maniqueísmo e vejam as coisas como são. Se vocês acham que o mal da humanidade é culpa de um país, então revejam seus conceitos e voltem a estudar história, pois existe muita coisa errada em como aprendemos. Enquanto ficarmos apontando o dedo para culpados e dermos força para esse discurso de vítima, dificilmente teremos condições de dar um passo a frente e crescermos como nação.
O
Sr. Jean Wyllys, no dia 08/07/2013, publicou um artigo na Carta
Capital intitulado: "Você sabe quanto ganha um deputado?".
Tentarei aqui tecer alguns comentários a respeito.
"Não reclamei do meu salário. Reclamei da estupidez de quem
acha que todos os deputados e deputadas ganham muito para trabalhar pouco"
Bom, parece uma febre qualquer agente público reclamar
de seus salários estrondosos. Em geral, se não reclama do salário, tenta
justificar a remuneração gorda por um trabalho mixuruca, entretanto, um
trabalho pautado numa suposta legalidade. Por um salário gordo, espera-se, no
mínimo, que se trabalhe muito. Que produza muito. E há aqueles deputados de
outros países que trabalham tanto quanto os tupiniquins ou os que trabalham
mais. E adivinhem só! Ganham menos. Acho
que o Sr. Jean Wyllys acha normal o setor publico ganhar mais do que o setor
privado – este sim, produz e trabalha de verdade, inclusive para pagar o
salário de toda mamata governamental.
“O fato de eu combater a máfia fundamentalista e
corrupta que quer fazer do Brasil uma teocracia à moda do Irã faz com que eu
seja alvo de campanhas difamatórias por meio das redes sociais.”
É complicado afirmar que a “máfia fundamentalista” é
basicamente aquela que é contra as atitudes tomadas pelo então deputado. Ora,
então agora a oposição é simplesmente máfia. Corrupta. Tem um vídeo de Bolsonaro
acusando o PSOL a respeito de 11 milhões investidos em parada gay. Isso mesmo
senhores. Acho que inverteram o que é corrupção.
Sobre
o estado teocrático citado do irã, segundo a Wikipédia, “a religião no Irã ou Irão é, oficialmente, areligião
islâmicado ramoxiita duodecimanoda escola de jurisprudênciaJa'fari, conforme estabelece o artigo 12 daconstituiçãodo país.”
Ora se não é o próprio Jean Wyllys que defende o
ensino da religiosidade islâmica nas escolas?
Então
fica a dúvida. O que é que o sr. Deputado quer mesmo? Afinal durante muitos
anos o ensino religioso foi criticado.
“Eles (ou elas), responsáveis por
essas campanhas, não aguentam que um gay assumido e orgulhoso ocupe o espaço de
representação que eu ocupo na Câmara dos Deputados — e morrem de ódio quando os
jornalistas me escolhem, pela terceira vez, como um dos dois melhores deputados
do país.”
Ninguém questiona o fato do senhor
deputado ser gay ou não. Se fôssemos um país tão homofóbico, tampouco Jean
Wyllys teria ganho o Big Brother Brasil. Assim como o senhor Clodovil também
foi eleito (exceto que ele é o terceiro deputado mais bem votado do país, com
493.951 votos) e sem fazer as macaquices que Jean costuma fazer. Muito pelo
contrário.
Sobre o espaço que um deputado com um
ganho irrisório e vergonhoso de votos ganhou na mídia é inquestionável. Bem
sabemos o quanto uma mídia comprada e mesquinha adora um sensacionalismo.
Afinal, Jean Wyllys também não representa boa parcela da população (diga-se de
passagem, uma parcela gorda) e não vejo no que exatamente esse senhor pode ser
considerado um bom deputado.
Na verdade, algumas pessoas sofrem de
complexo de vitimismo. Demora um pouco a aceitar que não são suas
características físicas ou opção sexual que irá determinar sua competência.
“Mas o objetivo deste texto não é
falar das campanhas difamatórias dos criminosos de “mala cheia”. Comecei por aí
para falar com você sobre um assunto que há muito tempo eu quero tocar: o
salário dos parlamentares. Consultado pelo apresentador Marcelo Tas, a partir
da pergunta de um internauta que acompanhava a entrevista, sobre se o salário
de um deputado era excessivo, eu respondi que não, que não acho que seja. E não
acho mesmo, sou sincero, não gosto de hipocrisia: dizer o que não penso para
agradar o outro. Também expliquei ao Marcelo que, no meu caso, feitos todos os
descontos, o que eu recebo é QUASE o que eu recebia como professor universitário,
com 40 horas-aula, dedicação exclusiva e coordenador de um grupo de pesquisa
numa universidade particular. Eu nunca disse que fosse pouco nem que todos os
parlamentares recebessem o mesmo que um professor. Apenas falei do MEU CASO.”
Ok ok... até ai tudo bem. Ele está no
direito de dizer o que pensa. Vamos ver mais afrente.
“Mas eu não tenho nada a esconder.
Você quer saber quanto eu recebo?”
Sim, com certeza.
“Meu salário bruto como deputado
federal é de 26.723,13 reais, mas tem descontos. Na folha, são descontados
2.939,54 reais da seguridade social, 5.702,61 reais de imposto de renda, 235
reais do clube do Congresso, 781,64 do plano de saúde da Câmara (que inclui o
plano da minha mãe, como dependente). Além disso, eu pago cada mês 3.000 reais
de contribuição partidária ao diretório nacional do PSOL e 2.000 reais ao
diretório estadual do Rio de Janeiro.”
Opa! Vamos fazer as contas:
Salário Bruto = 26.723,13
(-) Seguridade Social 2.939,54
(-) Imposto de Renda 5.702,61
(-) Clube do Congresso 235,00
(-) Plano de Saúde 781,64
(-) Contribuição Partidária Nacional
3.000,00
(-) Contribuição Partidária RJ 2.000
Total Liquido = 12.064,34
Bom, o que são afinal R$ 12.064,34?
Primeiro vamos analisar os descontos
que o deputado nos relatou.
1º) Seguridade Social e Imposto de
Renda: Todos pagam. Inclusive eu.
2º) Clube do Congresso: fácil, basta
deixar de ser um associado.
3º) Plano de Saúde: Também pago por
um plano de saúde. Escolha minha. Para qualquer outra opção, existe o SUS. É de
“graça”.
4º) Contribuições Partidárias: Ora...
é uma escolha pessoal também e não é uma obrigatoriedade, pagar 5 mil reais
para o partido.
Bom, dito isso, o salário de fato do
Sr. Jean é: R$ 18.080,98.
Já viram né os benefícios. Agora o
Sr. Jean usou em suas cotas para exercício parlamentar, por exemplo, R$ 202,62
na Praia de Charitas Restaurantes LTDA; R$ 150,00 na Cruzeiro do Sul
Churrascaria; R$ 110,68 na Vila Borghese; R$ 4.000,00 na locação de veículos,
entre outros gastos.
Realmente, os deputados no Brasil
devem ganhar muito pouco pelo que fazem. Imagino que na Alemanha, França e
Canadá o povo simplesmente não trabalha.
O resto do texto do deputado é pura
demagogia e puxação de saco do PSOL. Tudo bem, é o partido pelo qual foi
eleito. Se fosse comentar parágrafo por parágrafo o texto ficaria enorme. No
mais, deixo os fatos falarem por si mesmos.
Termino com o vídeo de Danilo Gentili a respeito das afirmações de Jean Wyllys:
Para começar este blog, tive uma feliz surpresa no texto do Luiz Felipe Pondé desta segunda-feira, que será perfeito para um debate inicial.
Por que esse texto é interessante? Simples, ele toca em um ponto delicado sobre a posição política dos conservadores de forma clara e direta. Não vou falar de coisas técnicas, vou apenas dar minha opinião sobre esse assunto, como alguém que virou a direita.
Parodiando Pondé, sou conservador-liberal e não acredito em Cura Gay, sou a favor das liberdades individuais como: Casamento gay, discutir a situação de algumas drogas, etc e sou a favor da democracia. E acreditem, isso não faz de mim uma pessoa da esquerda, apenas um liberal de direita. Nesse pensamento que defendo, as pessoas tem sua liberdade garantida, pois cada um sabe o que é melhor para si, é claro respeitando-se os limites legais e não agredindo outras pessoas.
Essa liberdade, preserva ao homem o respeito de suas decisões privadas. Não há no pensamento liberal-conservador, o desejo de parar o mundo do jeito que é, e obrigar todos a serem de um jeito X ou Y. Apenas há o desejo do respeito ao pensamento, religiosidade, vida íntima, etc, coisa que falta muito no mundo de hoje. Penso que se o privado for respeitado e ninguém se meter na vida dos outros, seja com leis ou com força, homossexuais, negros, minorias em geral, serão mais livres e sem precisar de leis. Consequentemente, desse pensamento decorre o respeito a propriedade privada: seu corpo, seus pensamentos, seus desejos, casa, dinheiro, etc.
Um ponto claro que vem nesse pensamento é a liberdade econômica, pois acreditamos que o mercado funciona melhor do que o governo. Isso é bem obvio, pois o mercado nada mais é do que interações espontâneas entre pessoas livres e isso deve ser respeitado. Reclamam muito dizendo que isso geraria monopólios e exploração, mas isso é mentira. Hoje em dia, os países mais livres economicamente estão no topo do Ranking do IDH. Até porque, lembrem que quem mais protege o monopólio é o governo, no Brasil temos: Petrobrás, Eike Batista, Odebrecht, etc. Uma economia com menos governo é mais saudável e mais competitiva, o que melhora a vida do empreendedor, pequeno e médios empresários e para o consumidor, mais produtos, melhores preços e mais qualidade. Só lembrar que Iphone, Pc, Remédios, Aparelhos de exames médicos de ponta, aviões, carros, etc. Vieram todos da iniciativa privada, melhorando o mundo como um todo, tanto para pobres quanto para os ricos. http://migre.me/fnxey - Índice de Liberdade econômica http://migre.me/fnxgX - IDH
Não se pode esquecer que a ideia conservadora não fala em conservar o que é ruim e a sociedade de hoje. Simplesmente significa conservar o que os processos sociais do passado geraram e melhorara-los dentro de uma democracia, com liberdade e respeito as instituições, pois vimos ao longo da história que revoluções são bonitas e poéticas, mas trazem ditaduras, sangue e muito retrocesso. Assim, prefiro o ritmo lento e seguro em cima de bases sólidas e consolidadas. Afinal como dizia Winston Churchill: "A democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais formas que têm sido experimentadas de tempos em tempos".
Por fim, o que me levou a direita? Simples, a direita não cria ilusões sobre o mundo. Não é governo, ou capitalismo que fazem pessoas sofrerem. Pessoas fazem pessoas sofrerem. O mundo é um lugar assombrado pela fome, pobreza e guerras desde sempre, essa é a realidade. Assim, todos os pensamentos que apareceram propondo a salvação de toda a especie humana por meios políticos, terminaram em carnificina e ditadura: Militares, Socialismo, Nazismo, Revolução Francesa, etc. Então devemos encarar o mundo real, esquecer utopias e melhorar a realidade da melhor forma que pudermos.
Esse texto do Pondé é muito bom para ilustrar isso. Leiam e pesquisem, pois a realidade não é Bem x Mal. Ainda existem vários pontos a se destacar, mas deixo para a sua leitura e interesse. Existe algo por trás desse preconceito contra a direita, pensem nisso.
O texto ao qual me refiro está hospedado no site :
Em um “debate” sobre direitos
humanos uma pessoa afirmou que eu merecia ser assaltada porque tinha mais que o
assaltante. Aquilo me sobressaltou, afinal, era ilógico tal pensamento. Apenas
não sabia explicar o porquê. Um amigo começou a me instigar sobre algumas
coisas que estavam presentes na sociedade que causavam certo desconforto, mas
não sabia-se o que o que de fato era.
Durante uma aula de Antropologia
da Religião, havia me deparado com algo chamado Teologia da Libertação e
Leonardo Boff. Fato este que me fez questionar não apenas a incoerência de se
ter uma ideologia marxista e influencias “Feuerbachianas” [1] infiltradas na
igreja. Quando questionei o professor – que por sinal focava na TL com muita
veemência – sobre tal incoerência, a resposta foi vaga, nada mais que um “aí
entramos num campo mais filosófico, o que não cabe aqui”.
Agora, pensem na minha posição de
aluna que deseja debater, o professor desvia o assunto e uma horda de alunos
desavisados concordam plenamente com o Sr. Leonardo Boff sem se preocuparem se
aquilo era certo ou errado, se fazia sentido ou não. Qualquer tentativa de
questionamento foi massacrado quando no discurso monopolizado já se dizia que a
religião deveria estar mais próxima dos mais pobres e dos problemas sociais e
que todos deveriam ser um só. De fato, o discurso do oprimido é sempre muito
convincente e encantador para qualquer desavisado.
Foi nesse momento que passei a
procurar saber – com a ajuda de alguns bons amigos – o que era tudo isso.
Afinal, qual o propósito de um professor universitário desejar passar uma
mensagem que ele sabe que os alunos vão absorver sem receios, sem
questionamentos, sem aprofundamento?
Passei a me aventurar a ler
alguns livros [2] que não faziam parte da mais nobre intelectualidade. Eram
levianamente ignorados pelas nossas universidades, obviamente os seus alunos,
filósofos de plantão, escritores, artistas e até mesmo nossa imparcialíssima
mídia. No início, tinha certa dificuldade em aceitar. Era algo muito impróprio
de se dizer! Não fazia parte do politicamente correto ao qual estava acostumada.
Mas então, as respostas floresceram. Como pude estar enganada por tanto tempo?
Após meu encontro com a TL,
seguindo os rastros deixados, cheguei àquilo que se denomina “Marxismo
Cultural” [3], que nada mais é que subversão ideológica [4] dos valores
ocidentais, propagado através da cultura. Portanto, não é coincidência que nossas
instituições estão corrompidas e que a educação estatal tenha servido por anos
a fio como ferramenta de emburrecimento gratuito.
A nossa situação econômica também
passou a me chamar muita atenção. Não que seja uma expert em economia. E nem
tampouco acho que a economia se resuma a Econometria I que tive na faculdade.
Foi a vergonha de se falar a palavra “Lucro” no curso de contabilidade e ver
que “Empreendedorismo” só tem validade se fosse o "social". Foi a nossa
instabilidade política e a desmoralização da sociedade justificada nos cursos
de “Ética”. Foram esses alguns dos
fatores que me fizeram repensar. E por fim, foi a simplicidade que me
conquistou e não o vocabulário revolucionário que parece dizer muito e nunca
diz nada. Ao ler "As seis lições” de Mises não tive mais dúvidas: meu
lugar é na direita.
[2] Comecei com alguns livros
como “A Lei” de Bastiat, “Seis Lições” de Mises e “Estado e Liberdade” do
Ubiratan Iorio. Disponíveis em: <http://www.mises.org.br/Ebooks.aspx?type=99>